Especialista diz que ainda é cedo para migrar para o Windows 11; saiba por quê.
O Windows 11 pode ser um pacote tentador de novidades e adições extremamente valiosas para a rotina (além de ter um visual bem moderninho), mas ele está cheio de bugs. Diferente do antecessor, extremamente robusto e familiar para usuários, ainda parede ter muito para amadurecer — e, para especialistas, é melhor esperar um tempo antes de atualizar o computador.
A empresa de consultoria Gartner recomendou que seus clientes não migrem de imediato para o Windows 11 (se ainda não tiverem feito isso). A companhia sugere esperar e analisar o novo sistema operacional, avaliando os benefícios e riscos de se adotá-lo PC, especialmente em máquinas corporativas.
O vice-presidente de pesquisa da Gartner, Stephen Kleynhans, é bem reticente quanto ao novo SO. “Todas as capacidades [do Windows 11] poderiam ter sido lançadas como uma nova atualização do Windows 10”, pontuou o executivo. Para ele, o nome “Windows 11” foi criado apenas para chamar a atenção dos usuários.
Para empresas, o momento é de cautela:
Companhias e seus funcionários podem se sentir tentados a trocar de sistema operacional, mas, para Kleynhans, é preciso pensar antes de migrar. “Empresas deveriam fazer pequenas experimentações em 2022 com o Windows 11 21H2 [a primeira versão do sistema], para criar familiaridade com a nova interface e entender o potencial impacto nos usuários”, diz o executivo.
O analista acrescenta também que é importante avaliar a migração para o Windows 11 com a mesma seriedade quanto foi para o Windows 10 e anteriores. No mais, a perspectiva de Kleynhans é de que o novo SO estará em apenas 10% dos computadores até 2023. Para efeito de comparação, o Win 7 ainda está presente em pelo menos 100 milhões de PCs no mundo inteiro, mesmo com mais de 10 anos no mercado e já sem suporte oficial.
Uma virada importante para o Windows:
Apesar da jogada de ser uma potencial jogada de marketing para divulgar a plataforma, Kleynhans não descarta a importância do Windows 11 para o mercado. “Uma nova versão do sistema operacional atua como um ponto de encontro para a indústria — algo que estava faltando desde o lançamento do Windows 10, há seis anos”, acrescentou o executivo.
Fazendo uma análise fria, é possível encarar a troca de nome do sistema operacional como uma estratégia de valor. Com o novo nome, a Microsoft criou uma oportunidade de "estabelecer uma base mais moderna" de sistemas operacionais enquanto não interfere no funcionamento do Windows 10.
Neste período, em vez de pensar em formas de trocar de sistema operacional em uma empresa inteira, seria mais interessante planejar os preparativos para uma manutenção mais elaborada. A inclusão de softwares para gerenciamento de endpoints unificado, crucial para otimizar a manutenção de computadores em grande escala, deveria ser tratada como prioridade de "curto prazo", com implementação antes da migração de SO.
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